A governança de serviços ambientais, diversidade sociocultural e atividades econômicas na Bacia Amazônica em meio a mudanças socioambientais e climáticas é um dos maiores desafios para a sustentabilidade.
Embora as soluções provenientes do governo sejam comumente vistas como o caminho para a sustentabilidade, a maior parte do manejo florestal sustentável na Amazônia vem de iniciativas não-governamentais individuais e coletivas. Este projeto visa a contribuir para o desenvolvimento de abordagens e ferramentas analíticas para catalisar o reconhecimento desses “pedaços de soluções” que existem, mas estão frequentemente dispersos, e a avaliar sua contribuição para proteger e governar a biodiversidade e as paisagens. Assim, o projeto analisará as áreas que estão sujeitas a vetores de desmatamento, mas que apresentam ações para manter a cobertura florestal e/ou reflorestar, com o objetivo de entender a dinâmica conservacionista local e tentar identificar possibilidades de ampliação desses elementos.
Temos três objetivos principais, descritos a seguir:
- Avaliar práticas de uso de terra na Bacia Amazônica, individuais e coletivas, que sejam transformadoras—incluindo aquelas que reconciliam a conservação de florestas e a produção de alimentos—entendendo como elas estão conectadas através de diferentes escalas de governança sustentável da paisagem.
- Contribuir com abordagens e ferramentas analíticas para destacar as contribuições de iniciativas existentes que sejam transformadoras e sustentáveis, bem como sugerir formas de promover a conectividade espacial de tais abordagens nas áreas de pesquisa selecionadas.
- Desenvolver métodos para qualificar e quantificar o papel da ação individual e coletiva no uso e conservação da biodiversidade de uma maneira cientificamente adequada, prática, participativa e acessível.